Ação compõe as atividades do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil

O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é comemorado anualmente dia 12 de junho e o Projeto Arrastão abraçou essa luta. Fomos às ruas e fizemos um apitaço nos faróis, levando o lema da data para a população: “criança não trabalha, criança dá trabalho!”.
A atividade foi trabalhada durante todo o mês para as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, que organizaram e planejaram toda a ação. Elas produziram pequenos cataventos, símbolo da luta contra o trabalho infantil, e distribuíram para a população do bairro, que foi receptiva e aceitou as informações levadas pelos educandos.

O Projeto Arrastão apoia a iniciativa da Fundação Abrinq em parceria com o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil com a campanha Não Trabalho Infantil, que você pode acompanhar no site www.naotrabalhoinfantil.org.br.
“Estamos mais um ano na linha de frente dessa luta no Campo Limpo. Sabemos a importância de estar nas ruas dialogando com a população sobre os prejuízos causados pelo trabalho infantil para crianças e adolescentes, e não vamos deixar esse ciclo negativo se perpetuar em nossa comunidade”, afirma a diretora do Projeto Arrastão, Selma Bertagnolli.
Como acabar com o trabalho infantil?

Essa data foi criada pela Organização Internacional em 2002, uma agência das Nações Unidas, e tem como principal objetivo alertar povos de todos os lugares do mundo sobre a realidade do trabalho infantil.
Essa prática envolve a exploração de mão-de-obra de crianças e adolescentes, gerando diversos problemas sociais e afetando diretamente comunidades. O fato é que centenas de crianças estão sendo sujeitadas a isso, quando deveriam desfrutar de seus direitos, tais como: a educação, saúde e lazer.
As principais causas são: renda baixa e pobreza, baixa escolaridade dos responsáveis, grande quantidade de filhos, má qualidade da educação, entre outros. A maior parte dos casos acontecem em casas de famílias, campos, minas, canaviais, fábricas, tráfico de pessoas, prostituição e pornografia.

Esse tipo de situação prejudica o desenvolvimento, gera a perda da infância, problemas sociais e psicológicos, doenças, baixo rendimento e até abandono escolar.
A legislação trabalhista varia de acordo com o país, no entanto a maior parte admite o trabalho a partir dos 16 anos, desde que não coloque em risco a saúde, frequência escolar e o aproveitamento do ensino do jovem.

De acordo com a ONU, atualmente existem mais de 7 milhões de crianças no mundo, que fazem trabalho infantil, com maior concentração nos continentes africanos, americanos e asiáticos.
“Informação e mobilização estão entre nosso principais eixos de atuação, justamente para acabar com esse conceito de que a criança deve trabalhar. Isso concorre com atividades que deveriam ser próprias da crianças, como educação e lazer”, diz Mariana Neris, diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria de Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, para a Carta Capital.