A prática da cultura maker, ou seja, o aprender “fazendo” faz parte da rotina das crianças, adolescentes, jovens e adultos atendidos no Projeto Arrastão. Os educadores promovem atividades pedagógicas que envolvem o aprendizado pela pesquisa de conceitos, autores, obras e no treinamento de processos.
A educação maker no Projeto Arrastão está sendo redesenhada para um novo patamar do exercício do ensino vivencial e prático. Os educadores das áreas de Educação Infantil, Centro da Criança e do Adolescente e do Centro da Juventude estão se apropriando da metodologia, ferramentas e tecnologias aplicadas no ArraStart, um dos programas de empreendedorismo da organização, para a criação de um novo modelo de pensar e desenvolver o conhecimento do aprender fazendo. Os educadores envolvidos no projeto piloto estão revisitando seus métodos e inserindo novas técnicas educacionais e tecnologias, apoiados pela equipe do ArraStart. Uma das ferramentas apresentadas, o mapa de empatia, permite ao educador aprofundar o conhecimento a respeito dos atendidos e suas questões pessoais e sociais, indicando possibilidades que os auxiliam na tomada de decisões pedagógicas.
No encontro para o compartilhamento de experiências entre os profissionais envolvidos na criação do projeto piloto, a educadora Adriana Trindade apresentou a proposta de confecção raquetes modeladas com papel jornal. “Sempre pesquiso sobre atividades que eu possa fazer com as crianças”, comenta. A equipe de trabalho observa que, em atividades como a trazida pela educadora, o processo de experimentar é mais relevante do que o acerto em si. É desta forma que crianças, adolescentes e jovens conhecem suas habilidades, testam e aprimoram as soluções até a finalização do projeto em pauta.
Os educadores estarão até o final do mês de julho envolvidos nessa imersão na cultura maker e planejamento dos módulos a serem testados. No passo seguinte, nos meses de agosto, setembro e outubro, acontecerão as práticas supervisionadas em sala de aula. Em novembro serão expostos os produtos, haverá uma avaliação dos processos e resultados e os acertos serão introduzidos na programação oficial de 2017.
Programa ArraStart
O Projeto Arrastão, em suas frentes de formação aos diferentes públicos, trabalha com temas ligados à arte-cultura, cidadania, meio ambiente, desenvolvimento comunitário. Entre estes, o empreendedorismo que envolve o apoio ao desenvolvimento e ao fortalecimento de empreendimentos sociais nas comunidades da região. O Programa ArraStart, um dos braços Projeto Arrastão nesse segmento, oferece a jovens de 15 a 29 anos, das periferias da Grande São Paulo, a formação teórico/prática e a assessoria para que eles possam criar suas startups de negócios de impacto social, com uso de tecnologia. Esta iniciativa, em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, oferece um processo de formação totalmente mão na massa, desenvolvido em três fases. As duas primeiras focam na criação das propostas de startups (sob responsabilidade do Programa Arrastart) e a última para apoiar grupos empreendedores a viabilizar suas startups, realizada pela Incubadora da própria Fundação Telefônica.