Com mais de 400 mil jovens desempregados em São Paulo, o Projeto Arrastão investe no futuro de seus educandos

A competitividade na busca de boas oportunidades de emprego por jovens entre 16 e 24 anos aumenta em um cenário de altos índices de desemprego. Segundo dados recentes publicados pela Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência, com parceria do SESC, temos um número estimado de 411.473 jovens residentes em São Paulo em situação de desemprego. A pesquisa nos indica que esse número representa 28% dos jovens moradores da capital.
É pensando na melhoria desse quadro que o Projeto Arrastão e a SeaLand planejaram um futuro diferente para nossos jovens. O projeto de Aperfeiçoamento de Jovens da SeaLand conta com uma dinâmica própria ao contratar e acompanhar a atuação do novo profissional em diversos setores dentro da empresa. Esse esquema rotativo de funções faz com que os jovens contratados experimentem diferentes áreas de atuação no mundo corporativo. Viviane Rodrigues, Head da SeaLand East Coast South America, revela a preocupação da empresa ao fazer essa formação: “Acreditamos que a experiência rotativa aumenta consideravelmente o conhecimento adquirido durante o programa, eles estarão aptos a buscar oportunidades nas 3 áreas propostas: atendimento ao cliente, vendas e produto.”
Fábio, 18, integrante há dois anos do Projeto Arrastão, foi contratado pela SeaLand para compor sua equipe de Jovens Aprendizes, recebendo a tutoria de profissionais da multinacional. O jovem sempre esteve na dianteira de projetos e oficinas oferecidas pela ONG. Integrante do coletivo de Jovens Artistas do Projeto Arrastão, ele é dançarino no coletivo de dança “The Urban Side Of Crew” e também poeta. Em conversa, Fábio revela sua empolgação com esse horizonte que se forma: “É um sonho, na verdade. Fiquei feliz por ter dado um passo a mais, porque até ali eu já tinha feito tudo o que eu podia. Sei que essa é uma oportunidade a mais para eu prosseguir na minha carreira pelo fato de me proporcionar ensino superior de qualidade, curso de inglês e a experiência profissional de trabalhar em uma multinacional”.
Com apenas 16 anos, Sara orgulha-se por ter conseguido a vaga de Jovem Aprendiz. Moradora do Jardim Helga, estuda na escola estadual E. E. Dib Audi e está concluindo os estudos do ensino médio. Ela, que sempre teve forte instinto de organização e liderança, fala sobre a importância das atividades do Projeto Arrastão em sua formação: “O que mais me chama a atenção no Projeto Arrastão é a conversa com os educadores. Os temas transversais abordados nas aulas e a preparação que nos dão para o mercado de trabalho. A gente se envolve com todo mundo e trabalha em equipe”. Além do desempenho excelente que Sara apresenta nesse novo dia-a-dia, ela dedica boa parte do seu tempo livre para o estudo de música. Há sete anos estuda música e toca órgão na igreja da região, participando de ações culturais e artísticas junto com a comunidade.
Com o histórico dos dois jovens que passaram pelo processo seletivo, é fácil entender a empolgação da multinacional com os recém-chegados: “Nossa parceria é de longo prazo. Queremos ajudar na formação desses jovens profissionais e para isso eles precisam de acesso ao que o mercado considera básico: formação superior e inglês. ”, acrescenta Viviane Rodrigues.
Projetos de educação não-formal voltados para o desenvolvimento de capacidades tais como empreendedorismo, logística, informática e cultura maker, entre outras capacidades, fomentam a cultura de cidadãos mais solidários e preparados para lidar com temas que exigem maturidade e trabalho em equipe. Apesar de todas as dificuldades encaradas pelos jovens nessa incessante busca pelo sucesso profissional, é priorizada a educação de profissionais comprometidos socialmente, que pensem na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.