Educandos participaram de evento que abordou a questão da automutilação e brincadeiras perigosas
Os desafios para os jovens com o acesso à diversas tecnologia tem se renovado, e entre eles estão a automutilação e brincadeiras perigosas, com o crescimento de jogos como o ‘Baleia Azul’, por exemplo. Pensando nisso, os educandos do Projeto Arrastão participaram de uma palestra com esse tema, ministrada pelo mestrando da UNIFESP, Daniel Zangorá Santos, profissional do Centro de Atenção Psicossocial Campo Limpo.
“A demanda sobre essas questões têm aumentado, e é necessário que se esclareça os jovens sobre o que é depressão e transtornos, e como a sociedade e a família podem ajudar nesses casos”, analisa Vagner Lemes, coordenador da área de assistência social do Projeto Arrastão.
O tema do suicídio e tentativa de suicídio, através da automutilação, veio com mais força à voga a partir do jogo ‘Baleia Azul’ e da série ‘Os 13 Porquês’, ambos voltados para o universo adolescente. Para se ter ideia do problema, de acordo com estudo realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), entre 1980 e 2014, o suicídio de jovens entre 19 e 24 anos cresceu 26%.
“Quando identificamos um caso, a primeira etapa é fazer o atendimento psicológico e o histórico familiar, a fim de identificar vulnerabilidades sociais. Se fugir da nossa competência, encaminhamos para serviços de acolhimento, como UBS e CAPS infantil. A aproximação dos familiares é fundamental nesse processo, de forma que possam acompanhar de perto a vida dos jovens. Muitos acabam acessando Baleia Azul porque os parentes, muitas vezes ocupados, não tem essa preocupação”, pontua Lemes.
O evento, realizado no campus Campo Limpo da Universidade Anhanguera, faz parte do Polo de Prevenção à Violência Doméstica e Sexual a Crianças e Adolescentes, organizado pelo Projeto Arrastão, APAE, Instituto Herdeiros do Futuro, Comercial e Sociedade Santos Martins, com apoio da Prefeitura de São Paulo.
O grupo Arrasta Lata se apresentou na abertura da palestra, mostrando parte do trabalho realizado com crianças de 6 a 14 anos no Projeto Arrastão.
Onde e como procurar ajuda
Conhece algum jovem ou você passa por esse tipo de transtorno? Para iniciar um tratamento, existem diversos serviços que podem te ajudar, desde instituições à políticas governamentais, entre elas Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Centro de Atendimento Psicossocial Infantil (CAPSI).